Londres, 9 de agosto de 2023,

Por onde começar? Não sei, mas sei que senti falta de escrever, de lembrar quem sou, de refazer as coisas que gosto e não deixar que as pessoas me diminuam ou me coloquem numa posição que nunca aceitei estar.

Não é fácil sobreviver a um mundo que está pra baixo e de cabeça pra baixo… As pessoas não se importam com as outras, enxergam muitas vezes apenas seu próprio umbigo e não conseguem enxergar no outro que ali está alguém que tem voz, que também tem opinião, que também tem boas ideias, competência e sonhos de seguir avançando e crescendo. Não percebem que do outro lado há pessoas que também erram, mas que também procuram acertar. É muita gente com muito cacique pra pouco índio. É muita gente que se sente melhor que o outro por conta de posição no trabalho, canudo acadêmico, cor, por ser nascido em X ou Y, por hoje vivenciar em outro lugar com mais privilégio. É muita, mas muita gente, que sempre pensa que seu problema é maior do que o do outro. Só olha a si próprio. Os outros que esperem. Os outros que aguentem. Os outros que deixem de ser quem são para que o meu “eu” seja prioridade.

O tempo todo, é um que está um pouco acima silenciando quem é base e é fundamental para ajudar a seguir. É a falta de reconhecimento, o excesso de desculpas, a falta de escuta… É importar-se somente consigo próprio.

É assim nas ruas, é assim no ambiente de trabalho, é assim onde há pessoas. É assim no Brasil, é assim na Inglaterra, é assim onde há pessoas.

Egoísmo.
Soberba.
Falta de empatia.

Cansa, viu?!

Como faz para ligar o foda-se?!