Suado, árduo, mas alcançado!

Um objetivo…

Nos casamos em 2009, quando fomos inicialmente morar com meus sogros, enquanto pagávamos um baita terreno e que nos criou tantas expectativas e modelos de casa na mente que nem sei quantificar.

Mas como a vida é cheia de voltas, pagar esse terreno se tornou inviável quando o condomínio elevou-se em mais de 300% do que era quando compramos… pois é! Um condomínio de R$ 800 somado a uma parcela era algo inimaginável para esses dois pobres da foto 🤣. A parcela era aceitável e esperado o aumento, mas o condomínio não rolava pra gente.

Foi quando, em 2014, debaixo de muita oração e, até desespero, colocamos o terreno à venda, o que praticamente era impossível pelo valor, pelo condomínio e pela época. Precisaríamos de um comprador muito específico. E não é que ele apareceu? O corretor de imóveis Paviani fez milagre e foi genial nessa venda!(Observação: nessa época já estávamos morando na casa da minha vó mediante aluguel).

Em seguida, esses dois cabeçudos da época, compraram um terreno, ainda com a intenção de construir, logo após tentar um financiamento da caixa e não aprovar. Nesse meio tempo, minha avó já muito doente e o medo dos parentes futuros proprietários da casa nos chutarem de lá, foi maior! 😅 (nem aconteceu isso, mas vai que tivessem pressa de vender onde morávamos, não queríamos ser os empata fodas). Decidimos então vender o terreno e tentar financiamento novamente daquela casa que já tínhamos namorado meses antes e que tivemos o financiamento recusado. Sim! Esta casa estava nos esperando.

Conseguimos. Compramos, em 2015. Entramos lá do jeito que estava, sem nenhuma reforma, pagando um pouco mais da metade da casa à vista e financiando em 35 anos o restante. Os 420 meses demorariam um pouco para passar 😅, mas a ânsia de terminar imóvel, em vez de alugar e reservar uma grana para um à vista, nos fez amarrar o bode. E não era de todo ruim, afinal usufruiríamos da casa.

Usufruímos. Pouco, mas usufruímos. Podíamos ter aproveitado mais, mas íamos deixando para quando tivesse reformada, para quando estivesse como sonhássemos! Bobeira… eu sei. Mas paciência. Ainda assim, tivemos bons momentos ali.

Foi quando em abril de 2017, o sonho de imigrar tornou-se real e em setembro de 2017 deixávamos a tão sonhada casa ali, sob muito choro, afinal foi tão pouco tempo aproveitando e mal sabíamos onde seriam nossos novos lares… A casa está ali, pronta para ser alugada e tornar-se lar de outra família. E demorou, viu?!

Enfim… hoje, 70 parcelas depois de pago esse longo financiamento, facilitado pela vida de imigrante e muito suor de horas e horas de trabalho por aqui, além da disciplina, de uma leitura de um livro gratuito no Kindle sobre Independência Financeira que mudou a chave das nossas cabeças sem muita noção de educação financeira, somado aos estudos dos vídeos da Me Poupe de Nathalia Arcuri, muito me poupe, me poupe e me poupe, ainda mais depois de pandemia e eu ficar 4 meses praticamente sem receber nada, nos livramos desse financiamento, liquidando o que foi e é um sonho e que é motivo de gratidão a Deus, porque foi milagre atrás de milagre, eita atrás de eita! Somente eu e Carlos sabemos como tudo aconteceu!

E conto isso não para nos metidarmos, mas sim para mostrar que vida de imigrante nem sempre é mole, mas tem suas conquistas, desde que se tenha os pés no chão… Para mostrar que os sonhos às vezes parecem distantes e impossíveis, mas muito trabalho, persistência e foco trazem bons resultados… Para mostrar também que ler e estudar faz a diferença e ajuda a tomar decisões mais sábias… Para demonstrar que a ânsia pelo ter tem que estar somada a outros intuitos, porque caso contrário é futilidade demais… e não menos importante, demonstrar que nesse processo, outras prioridades surgiram, perrengues também, e que faz parte da vida… não adianta ter pressa. Tudo acontece no seu tempo.

Por fim, gratidão a Deus pela conquista, por nenhuma parcela atrasada apesar de desemprego dos dois, e ao meu parceiro de todas as horas que aguentou todos os perrengues juntos. Esse objetivo vencemos.

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