Há aproximadamente 2000 anos atrás, Jesus, o filho de Deus, que veio como homem, foi crucificado.
Jesus foi crucificado pelos homens.
Jesus foi crucificado mesmo após fazer cego ver, multiplicar pães e peixes, ressuscitar Lázaro, dentre outros milagres.
Jesus foi crucificado mesmo após tanto ter ensinado.
Jesus foi crucificado mesmo após ter sido tentado e resistido.
Jesus foi crucificado mesmo após exercitar a paciência com aqueles que estavam sempre com ele, mas insistiam em seguir pisando na bola como se nada tivessem ouvido e aprendido.
Jesus foi crucificado após contrariar o sistema.
Jesus foi crucificado após irar-se contra aqueles que no templo visavam a grana, fazendo comércio.
Jesus foi crucificado após lavar os pés de outras pessoas. Ele foi e é o maior exemplo de humildade que já existiu.
Jesus foi crucificado após andar com os marginalizados, com os excluídos pelo padrãozinho estabelecido pela sociedade.
Jesus foi crucificado após exortar os fariseus, aqueles caras que se achavam mais crentes, mais corretos, melhores do que os outros.
Jesus foi crucificado após pregar o amor e a justiça.
Jesus foi crucificado por uma maioria.
Uma cruz. Ele próprio a carregou. Uma coroa de espinhos, chicotadas e blasfêmias foi a retribuição da sociedade, “extras” que intensificavam ainda mais o sofrimento dele.
Mas mesmo assim, em seus últimos suspiros, Ele disse a Deus:
Pai, perdoa-lhes, pois eles não sabem o que fazem.
(Lucas 23:34)
E hoje, diante de tudo que vemos e fazemos, será que sabemos? Será que hoje ainda não o crucificaríamos?
Rude Cruz. Rudes dias.